A Índia ocupa a maior parte do subcontinente indiano, onde se encontra em cima da placa tectônica indiana, uma placa menor da placa indo-australiana.[29]
Os processos geológicos que definiram a atual situação geográfica da Índia começaram a setenta e cinco milhões de anos atrás, quando o subcontinente indiano e, por continuação, parte do subcontinente Gondwana começaram a se mover a partir do nordeste através do que posteriormente se converteria em Oceano Índico.[29] A colisão superior do subcontinente com a placa euro-asiática e a subducção debaixo dela deram lugar ao Himalaia, sistema montanhoso mais alto do planeta, que atualmente é a fronteira da Índia a norte e a noroeste.[29] O antigo leito marinho que emergiu imediatamente o sul da Himalaia fez com que o movimento da placa criasse uma grande depressão, que foi sendo levada pouco a pouco por sedimentos propagados nos rios,[30] que atualmente constitui a Planície Indo-Gangética.[31] A oeste desta planície encontra-se o deserto de Thar, separada pela cordilheira Avaralli.[32]
A placa original indiana corresponde hoje ao subcontinente indiano, sendo também a parte mais antiga e estável da Índia, que se estende desde o norte, com as cordilheiras Satpura e Vindhya no centro. Estas cordilheiras paralelas vão desde a costa do Mar Arábico no estado de Gujarat até o planalto de Chota Nagpur no estado de Jharkhand.[33] No sul, o planalto de Decã contém à esquerda e à direita os Gates Ocidentais e Orientais;[34] o planalto contém as formações rochosas mais antigas do território, algumas com mais de cem mil anos de idade. Os pontos extremos do país se localizam a 6° 44' e 35° 30 ' de latitude norte[c] e 68°7' e 97°25' de longitude leste.[35]
A Índia tem 7 517 quilômetros de litoral, destes 5 423 pertencem ao subcontinente indiano e 2 094 pertencem ao Andamão, Nicobar e Laquedivas.[8] Segundo dados, a costa indiana tem 43% de praias arenosas, 11% de costas rochosas (incluindo falésias) e 46% de marismas ou costas pantanosas.[8]
Os principais rios têm sua origem na cordilheira Himalaia, como o Ganges e o Brahmaputra, que desembocam no Golfo de Bengala.[36] Entre os afluentes mais importantes do Ganges encontram-se os rios Yamuna e o Kosi, cuja pendente extremamente baixa provoca inundações catastróficas quase ou todos os anos. Os rios peninsulares mais importantes cujas pendentes que evitam inundações são o Godavari, o Mahanadi, o Kaveri e o Krishna, que também desembocam no golfo de Bengala;[37] e os rios Narmada e Tapti, que desembocam no Mar Arábico.[38] Na costa oeste, encontram-se também os pântanos do Rann de Kutch, enquanto no leste há a área protegida de Sundarbans, que a Índia divide com Bangladesh.[39] A Índia possui dois arquipélagos: Laquedivas, atóis de corais na costa sudoeste indiana e as ilhas de Andamão e Nicobar, cadeias de ilhas vulcânicas no Mar de Andamão.[40]
O clima indiano está fortemente influenciado pelo Himalaia e deserto de Thar, os quais favorecem o desenvolvimento das monções.[41] O Himalaia prevê a entrada de ventos catabáticos frios, vindos da Ásia Central, mantendo a maior parte do subcontinente indiano mais quente do que a maioria das localidades que se localizam em latitudes similares.[42][43] O deserto de Thar desempenha um papel crucial para atrair ventos de monção carregados de umidade desde o sudoeste, os quais entre junho e outubro proporcionam a maioria das precipitações do país.[41] As zonas climáticas principais que predominam em território indiano são o tropical úmido, tropical seco e o subtropical úmido.[44]
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